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DÉBORA VITÓRIA ROPELE CAMARGO - FONOAUDIOLOGIA | UNICAMP E PUCCAMP




“Escolhi a Unicamp e nunca tive dúvidas com relação a esta questão, desde que comecei a pesquisar mais sobre esse mundo das universidades. Quando visitei a Unicamp, pela primeira vez, foi paixão à primeira vista, e conhecendo cada cantinho que pude lá dentro, senti algo muito especial e fiquei encantada com a dimensão daquele lugar. Então, para mim, nunca restaram dúvidas.”


Débora Vitória Ropele Camargo era aluna da 3ª série do Ensino Médio da Unidade Paineiras e agora vai mostrar toda sua inteligência e dedicação pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), no curso de Fonoaudiologia, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A aluna de 17 anos também passou na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp) no mesmo curso. Toda a sorte do mundo para você, Dé! Muito sucesso!

Oficina: Você passou direto da 3ª série do Médio. Esperava essa aprovação? Conte sobre a sua rotina e como foi o seu ano de estudos.

Aluno: Sinceramente, eu estava confiante com a minha aprovação, porque havia ido bem nas provas de treineiro que fiz ainda no segundo ano do Ensino Médio. Claro que ainda sim foi uma surpresa, afinal existe uma grande concorrência e, no terceiro ano, as expectativas eram diferentes, e a pressão acabou sendo bem maior. Mas ainda sim, mantive minhas expectativas.

A rotina foi bem puxada já que conciliei estudos específicos para o vestibular, as provas da escola e outros compromissos de fora. No meu caso, passei boa parte do ano dando meu melhor para as provas do colégio, tentando adiantar as matérias para conseguir ficar mais tranquila no último semestre. Quando este chegou, restaram menos provas a serem feitas, então pude me dedicar muito mais para o vestibular. Fazia o máximo de exercícios de vestibulares, principalmente, das matérias em que eu já tinha uma certa facilidade, o que foi muito eficaz. Além disso, fiz todas as redações que podia, já que era algo em que eu tinha uma certa facilidade e que tem um peso muito grande nas provas das faculdades. Era bem corrido e desafiador, mas posso dizer que fiz o máximo que pude e que me sinto satisfeita com tudo isso. Hoje, ao lembrar, fico feliz que não desisti e continuei em frente.

Oficina: Qual foi a sua sensação ao ver seu nome na lista de aprovados?

Aluno: Foi surreal. Na verdade, acabei recebendo a notícia por meio de algumas amigas minhas, antes de acessar a lista. A chamada da Unicamp, que era a que eu mais estava esperando, saiu adiantada. Então, fiquei muito surpresa com várias amigas, de repente, me mandando mensagens do tipo “Parabéns!”, e corri acessar o site, onde vi meu nome, e fiquei extremamente feliz.

Quando nós pensamos em ser aprovados, o sentimento não é muito palpável, mesmo com todo o esforço, parece muito longe, algo que esperamos muito e mesmo assim, às vezes, parece até impossível. Então quando vi meu nome na lista, foi como se eu tivesse “abraçado” isso, e entendido que é possível mesmo.

Oficina: Por que a escolha pelo curso de Fonoaudiologia?

Aluno: Eu desde pequena sempre quis algo relacionado à saúde. No começo, queria ser médica. Fiquei, por vários anos, pensando na medicina. Porém, em um certo período da minha vida, quando comecei o Ensino Médio, conheci a área da Fonoaudiologia. E, sinceramente, me apaixonei, afinal, é um curso extremamente importante dentro da saúde, e que também acessa uma outra paixão minha, que é lidar e cuidar de crianças. Claro, é uma área muito grande que aborda todas as faixas etárias. A forte característica relacionada ao aprendizado nos primeiros anos de vida, me interessou muito. E, desde então, o curso se tornou meu foco nos estudos.

Oficina: Como a Oficina do Estudante ajudou você a conquistar a vaga? Tem algum professor que você queira destacar na sua jornada de Oficina? Se sim, conte quem é, o motivo ou algo que ele tenha falado e marcado você.

Aluno: Foi no Colégio Oficina que perdi o medo que eu tinha na área das Exatas. Tive em alguns momentos dificuldades, afinal, nunca foi a área que eu tinha muito interesse. Mas ainda sim, foi no colégio que eu pude dominar muitos conteúdos da Matemática e da Física que eu nunca havia entendido, e até estudar para essas matérias, coisa que parecia impossível, passou a caminhar. Por isso, eu acredito que os professores foram uma peça fundamental nisso tudo, em todas as matérias, mas onde especialmente me ajudaram a aliviar um pouco dessa tensão que eu carregava e me atrapalhava tanto.

Durante os anos em que estive no colégio, fui marcada por diversos profissionais incríveis, e sou eternamente grata pelo carinho e aprendizado que pude carregar comigo, e todos têm uma parte no meu coração, que nunca será esquecida.

É muito difícil escolher apenas um, então me sinto obrigada a citar alguns, começando com a Tammy e o Rod, ambos de Matemática. A Tammy sempre foi muito acolhedora, e era uma aula em que eu sentia liberdade de entender, aplicar e tirar as dúvidas que eu tivesse, e a mesma coisa para o Rod, que me acompanhou muito, principalmente, no segundo ano, e é aquele professor que eu podia contar para quando eu não estava muito bem, e que sempre fazia de tudo para alegrar a todos.

Também gostaria de falar do Marquinhos, que dá as melhores aulas de História que eu já vi, a Vera, que me fez gostar de todas as escolas literárias, o Kauan, que dava além de aulas de Redação, momentos de conversa e tranquilização, e o Tiê, que sempre soube como dar aulas de Biologia que me tiravam muitas risadas.

Oficina: Qual dica / quais dicas você pode dar para quem tem o objetivo de passar numa universidade pública?

Aluno: Primeiramente, acredito que constância é uma das chaves, e pode parecer clichê, mas o maior erro é começar estudando horrores, colocando inúmeras metas, e deixar as coisas aos poucos esfriarem. Então, se manter constante nos objetivos, manter metas alcançáveis e continuar, mesmo que talvez de uma forma que pareça lenta, é a ferramenta mais efetiva.

Segundamente, é saber equilibrar o que você sabe com os seus objetivos, e seguir uma certa estratégia. Existe um momento antes das provas que exige uma tomada de decisão, que é saber dar prioridade ao que você vai precisar mais na sua prova, já que cada parte da prova tem um peso de acordo com a área em que você vai aplicar. Então, é importante se adaptar à sua prova.

Por último, manter a saúde mental e a vida social em dia também é importante. Nosso foco tem que ser os estudos, mas deixar tudo de lado - família, amigos, e as outras coisas que nos são importantes - não é saudável. Quando deixamos de separar momentos para aliviar nossa tensão, a mesma se acumula até o dia da prova, quando tudo se coloca à risca. Então, é importante ter foco acima de tudo, mas também ter equilíbrio, tudo de forma moderada.